Sinceramente, não tinha a minima vontade de ir passar aqueles dias a um lugar que não conhecia, rodeada de pessoas que não conhecia e com uma língua com que pouco me entendia. O que é que aquela porra ia contribuir pra minha vida? Não via nada mas mesmo nada de bom naquela ida. Além disso, estava mais pra lá do que pra cá e o que tinha em mente era abandonar o grupo (e estava decidida a fazê-lo). Contudo, fui “convencida” a ir mesmo não percebendo porquê e para quê.
Ora bem, no dia 22 de Julho lá fomos nós na maravilhosa carrinha com um ar condicionado duvidoso e com as malas aos pés. Uns mais bem dispostos, outros a queixarem-se de tudo.
Quando lá chegamos, assustei-me um bocadinho. Muito caladinha, observava tudo e pensava “OMG! O que é que eu vou fazer aqui uma semana?!” Mas não entrei em pânico (como de costume) e como sou boa rapariga dei o benefício da dúvida e esperei mais um diazinho. Atrás desse diazinho veio outro diazinho e atrás desse outro. Quando dei por mim, e como melodramática que sou, estava a pensar “Bolas, isto é bom de mais pra ti! Não estás à altura disto!”. Quer dizer, eu já estava lá, o que é que podia fazer? Então, deixei os dramas de parte e decidi entregar-me por completo aquele encontro que dias antes tinhas achado uma perda de tempo. Acredito que vivi uma das melhores experiencias da minha vida e que isso me fez mudar.
O caderninho amarelo está numa gaveta de minha secretária e ainda não o abri desde que cheguei. Olho para ele quase todos os dias e não o consigo abrir. Não consigo porque tenho saudades. Saudades daquele sitio, daquelas pessoas e do bem me fez lá estar. Foi em Bujedo que descobri que o nosso grupo não é o único a ter problemas e que a língua não é entrave para nada. Descobri quem sou e o que cá ando a fazer. E cresci por isso, por descobrir. Posso ter sido resmungona e chata em relação às caminhadas, aos horários e à confusão que são as refeições deles mas eu não mudava nada, nenhuma experiência, dinâmica ou oração.
Voltei de Bujedo com vontade de fazer mais pelo Grupo e pelos outros. Voltei mais Cristã e mais próxima d'Ele. Voltei uma pessoa infantilmente crescida. E, parece estúpido dizer isto, mas aquele encontro mudou-me a cabeça e o coração.
Bujedó... Custou um pouco, mas saiu esse post!
Muito bem Nídia, ainda bem que deste um desconto e viveste o encontro da maneira como contas. Espero mesmo que tenhas sido tocada por aquilo que lá se fez e isso te tenha ajudado a crescer. Afinal, é para isso que cá andamos.
Conto que neste novo ano dês um resposta à altura daquilo que Bujedo te revelou.
Abre o caderno, é mesmo bom ler aquilo vais ver ;D*
Gostei daquela parte em que dizes: "BOLAS ISTO É BOM DE MAIS PARA TI, NÃO ESTÁS À ALTURA DISTO!", porque também senti o mesmo que tu...
ahh e concordo com a Joana.. lê o caderno é mesmo fixi (:
nada estupido acredita ;)
Beso *